quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Chega ao fim mais um carnaval


O ano de 2009 começou de verdade. Com o término do discutido carnaval nosso de cada ano, podemos tocar nossas vidas com aquele ritmo caótico que estamos acostumados.

 

Mas afinal, para que serve o carnaval?!

 

A discussão é eterna. Muitos reclamam que o carnaval não tem nenhum fundo ideológico, nenhuma mensagem que nos faça refletir. É só festa. E pronto.

 

A qualidade da música que o povo ouve fica (ainda mais!) em segundo plano no mês de fevereiro. O pagode, o axé e seus derivados invadem rádio, TV etc.

 

Essa escolha foi feita pelo povo, e não é de todo errada. Durante 12 meses, o assalariado trabalha, trabalha e trabalha, esperando o carnaval, onde mais um daqueles hits de verão descartáveis contaminará seus ouvidos e sua mente. Tudo em busca da sensação de falsa felicidade.

 

 Ainda bem que não se ouve música de qualidade no carnaval. Imagina um trio elétrico tocando bem alto nas ruas de Salvador, um som daquela banda que você gosta tanto, mas que (Graças a Deus!) não atinge grandes massas. Pois é, ia ser no mínino estranho.

 

Gosto do carnaval. Sentar em frente à TV, olhando pessoas se digladiando em busca de mais 15 minutos de fama tem seu lado cômico. Melhor ainda quando são gostosas de tapa sexo se digladiando por mais 15 minutos de fama.

 

Quem faz meu carnaval de verdade são artistas que representam nossa cultura como ninguém. Gil, Caetano, Jorge Ben, Djavan, Milton Nascimento, Lenine, Seu Jorge, Tim Maia, entre outros.

 

Bom fim de carnaval a todos!


Saudações aos amantes da boa música.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Um retorno definitivo está próximo?

 
A banda que melhor representou a música brasileira no século 21, o Los Hermanos, ensaia um novo ato.

Há quase dois anos, os quatro rapazes anunciaram um "iato por tempo indeterminado", causando espanto e angústia na legião de fãs que os aclamam.

Muito se falou desde a oficialização do recesso. Conflito de egos e o desejo dos integrantes de tocarem novos projetos foram as causas mais levantadas por aqueles que procuraram por motivos relevantes.

Novos projetos realmente ocorreram. Rodrigo Amarante, multi-instrumentista de talento indiscutível, ajudou a fundar a Orquestra Imperial. Uma diversão para ele, já que a essência da mega-banda era reaver o clima do samba carioca da década de 50.

Mais recentemente, Amarante, junto com Fabrizio Moretti, baterista do Strokes, fundou o Little Joy. O disco homônimo lançado, foi bem recebido pela crítica, e a mini-turnê que o Little Joy fez pelos Estados Unidos teve repercussão. Amarante até chegou a se apresentar em São Paulo e no Rio com sua "nova banda".

Já Marcelo Camelo, principal compositor do Los Hermanos, lançou seu primeiro disco solo, Sou-Nós, no final de 2008. No projeto, Camelo fez parceria com Dominguinhos e Mallu Magalhães, que hoje é sua namorada. Nas canções, o carioca flerta de forma mais clara com a MPB, deixando visível que esse formato musical não caberia no Los Hermanos.

Pois bem. Agora a banda anúncia dois novos shows. São para o fesrtival "Just a Fest", que tem a banda inglesa Radiohead como principal atração. As apresentações acontecerão nos dias 20/03 (no Rio de Janeiro) e 22/03 (em São Paulo).

Torço sinceramente para que a banda retome suas atividades. Todos os integrantes possuem talento ímpar e se viraram bem separados. Mas a sonoridade alcançada pelo quarteto carioca é indescritível. O Los Hermanos faz falta.

Ouçam: Los Hermanos - Ventura[2003]

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Homenagem tardia, porém sincera.


Há exatos 12 anos e 8 dias a música popular brasileira perdia de forma trágica e precoce um de seus maiores expoentes da década de 90: Chico Science.

Esse blog ainda não existia no dia 2 de fevereiro, data cabalistica, onde os 12 anos de sua morte foram marcados de forma mais precisa. Mas é como digo no título do post: a homenagem é tardia, porém sincera.

Chico Science liderava a Nação Zumbí, banda que foi o primeiro e maior nome do manguebeat, movimento nascido nas periferias de Recife, capital de Pernambuco, com a finalidade de difundir a cultura popular do estado onde Chico nasceu e foi criado.

A sua obra não é muito extensa, porém intensa. Seus dois discos lançados junto à Nação Zumbí (Da Lama aos Caos, de 1995 e Afrociberdelia, de 1996) se tornaram obras-primas da música brasileira. A Nação continua até hoje, sem Chico, fazendo música de excelente qualidade, mas a criatividade e presença de espirito de seu eterno líder concerteza fazem muita falta.

Chico Science foi um homem de visão. Há quase 15 anos atrás, já estava preocupado com causas contemporâneas da sociedade que vivemos hoje, como a degradação do meio ambiente, por exemplo.

"Modernizar o passado é uma revolução musical".
Viva Chico Science!
Eternizado para sempre por sua obra incomparável.

Ouçam: Chico Science e Nação Zumbí - Da Lama aos Caos [1995]

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Destaques da semana: Novos trabalhos de "The Killers" e "Franz Ferdinand"

Duas bandas da nova geração do cenário "Indie-Underground" lançaram novo material recentemente.

Os norte-americanos do The Killers, surpreenderam seus fãs e a crítica com um material bem diferente dos lançados anteriormente (Hot Fuss, de 2004 e Sam's Town, de 2006).

Essa diferença, porém, não nos  faz estranhar a sonoridade do novo disco. Pelo contrário. Day and Age, lançado no fim do ano passado, traz o Killers de volta revigorado e renovado ao mercado musical em 2009.

As bases e solos de guitarra, que eram caracteristicas marcantes da banda, dão lugar a sintetizadores e sonoridades experimentais testadas pelos garotos de Las Vegas. O resultado é surpreendente.

Day and Age é um daqueles discos pra se ouvir de manhã e ficar com um sorriso no rosto o dia inteiro. O primeiro single do novo trabalho, Human, já é 1° lugar em diversas paradas do mundo inteiro.

Já no Reino Unido, mais especificamente na Escócia, o Franz Ferdinand, lançou, no fim de janeiro, Tonight:Franz Ferdinand.
Após quase cinco anos sem produzir material novo, Alex Kapranos e sua turma romperam o silêncio. Os fãs agradecem! Eu também, mas não com tanta euforia.

Lembra de "Take Me Out" ou "This Fire", clássicos do primeiro disco da banda?

Pois é, aqueles riffs de guitarra que marcaram o ínicio da carreira do Franz Ferdinand são ouvidos com menos frequencia nesse novo trabalho.

As músicas continuam alegres e prazerosas de ouvir, mas existe diferença de qualidade entre esse trabalho e os dois anteriores (Franz Ferdinand, de 2004 e You Cold Have It So Much Better, de 2005).

O novo single, Lucid Dreams, havia vazado na Internet há algum tempo. Mas uma versão diferente, mais longa e dançante, foi gravada em estúdio para compor o disco.

Entre os dois belos trabalhos, indico Day and Age, do The Killers.
E você? Já ouviu os discos? Gosta das duas bandas?
Comente!
Saudações aos apreciadores de boa música!

Other Way no ar!

Nasce uma nova opção de veículo para quem gosta de boa música e está cansado de procurar algo de bom na Internet e não encontrar nada.
Aguardem!
Em breve, mais novidades no ar!
Grande abraço aos amantes de boa música.